Segunda reunião
A segunda reunião do PIBID
aconteceu no dia 29/08/2018 na Faculdade de Letras da UFAL, desta vez, entre
bolsistas, coordenadores de área e professores da escola. O encontro foi
marcado pela apresentação dos supervisores pedagógicos Ricardo, Edilene e
Socorro, onde foi possível conhecermos diretamente nossa equipe de trabalho. A
professora Socorro, orientadora de um dos grupos matutinos, iniciou expondo
suas grandes expectativas acerca do projeto que desenvolveremos em suas turmas
de oitavos anos, ela expressou seu carinho pelos alunos e manifestou forte
acolhimento e entusiasmo.
Em seguida, a professora
Edilene, dirigente do segundo grupo da manhã ao qual faço parte, dispensou
breves apresentações. Ela nos revelou que em sua graduação também participou
como colaboradora do PIBID e só demonstrou impressões positivas, o que
particularmente me deixou ansiosa para o início das atividades na Onélia
Campelo; escola que Edilene fez questão de evidenciar sua afeição,
especialmente por seus alunos dos nonos anos. Uma de suas falas no que diz
respeito a eles, eu fiz questão de anotar: “amar é fácil, educar é difícil”,
quando justifica que apesar do amor que sente pelos seres de suas turmas,
precisa ser por vezes, rígida para educá-los. O coordenador Fernando
acrescentou um comentário que também me chamou atenção ao falar do currículo
oculto, que caracteriza os educadores que enxergam seus educandos como
indivíduos pensantes e que sentem, levando em conta e para dentro da sala de
aula os conflitos pessoais de cada um, atitude que engrandece a tarefa
formadora.
A última apresentação foi do
professor Ricardo, orientador das turmas vespertinas dos nonos anos. Ele se
identificou como amante da literatura e desenvolvedor dos projetos artísticos
da escola e por isso, facilmente conquistou o meu apreço. Ricardo alertou para
o preconceito, muitas vezes embutido em nós para com a localidade em que
trabalharemos: o bairro Santos Dumont; como morador há 20 anos, ele garantiu
que a comunidade é muito boa e que não foi assaltado sequer uma vez, apesar da
realidade de violência que circunda nossa cidade e não somente, o Santos
Dumont. Como últimos exercícios da reunião, tivemos a exposição dos objetivos e
metas do subprojeto PIBID pelo coordenador Fernando, a confirmação dos
bolsistas responsáveis pelo auxílio na criação dos blogs de registro e a apresentação
de dois conceitos teóricos pela coordenadora Andréa: Comunidade como Currículo
e Pesquisa Etnográfica.
Este último me deixou
realmente animada! Andréa trouxe alguns resultados de pesquisas realizadas com
alunos em contato com o PIBID, uma delas na comunidade rural Baixa da Onça, em
Alagoas, durante o mês de festividades juninas e através de uma observação que
apontou para um problema de rejeição à suas origens. Os alunos adoravam e se divertiam com a cultura
festiva da região, mas ao mesmo tempo demonstravam um sentimento de
inferioridade diante de suas identidades. Como medida de intervenção, uma das
participantes do PIBID propôs um resgate de memórias por meio de entrevistas
com moradores antigos da Baixa da Onça a respeito de lendas, costumes,
tradições e formação da comunidade; os alunos foram instigados a conhecer a
própria história e ao final, apresentaram uma narrativa digital com exposição
de fotos e vídeos capturados por eles e o resultado não poderia ter sido mais
satisfatório!
Dessa forma, eu espero que
consiga em algum aspecto, intervir para a melhoria da realidade em que estou
prestes a entrar em contato... Por fim, combinamos nesta quarta que, a partir
da próxima semana iremos à Escola Estadual Onélia Campelo coletar uma série de informações
para construir um diagnóstico estrutural.
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