Vidas.
O dia 14/09/2018 na Onélia
foi até agora o mais especial, pois realizamos a primeira (e tão esperada) dinâmica
com os alunos. Primeiramente, Edilene nos dividiu em dois grupos para a
realização da atividade nas diferentes turmas, eu fiquei no 9º ano “B”. O
exercício de produção textual que levamos era o seguinte: eles estavam livres
para construir a estória que quisessem, desde que encaixassem algumas palavras
ditas aleatoriamente por nós. O objetivo era instigar a criatividade e a
escrita, assim como observar o nível da turma quanto à língua portuguesa.
Estávamos confiantes de que sairíamos
com textos incríveis e estávamos certos! Cada texto, construído dentro da realidade
pessoal de cada um, seja com base em universos alternativos de jogos, séries e
futebol quanto situações familiares, permitiu certa aproximação para conhecê-los
melhor. Um dos textos que me chamou atenção foi o de uma garota que escreveu a
trajetória de um menino órfão, retraído e triste, que nunca foi adotado e por
isso, tentou suicídio. (Postarei o texto para que possam ler)
Esta narrativa me fez pensar
no quanto da própria vida essa menina depositou nas palavras, será que estava
se autorreferenciando? Se tomava como objeto alguém de sua família? Algum
amigo? Ou seria simplesmente um personagem? Esse tema não poderia ser mais
pertinente nos debates sobre depressão e prevenção ao suicídio, visto que
estamos no mês do Setembro Amarelo,
causa que eu particularmente sinto necessidade de me envolver e compartilhar.
Com isso, tão rapidamente eu
tive a certeza de que o trabalho do professor vai muito além da sala de aula,
que cada pessoinha de farda tem um mundo inteiro de sentimentos que merecem ser
notados, que são importantes e influenciam no processo didático. Por fim,
dividimos os textos para corrigir em casa e estou me divertindo muito com isso!
A profissão docente é mesmo encantadora.
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