Leitura entre códigos


Na reunião desta quarta-feira (20/3/2019), chegou a vez de apresentar a minha relação com a leitura! Deixarei registrado aqui para os colegas que não puderam presenciar o meu relato:

No ensino fundamental, me deparei com um grande e estruturado projeto de leitura na escola em que estudei. Com o intuito de incentivar cada aluno a ler 100 livros por ano, a instituição embarcava na promessa de um magnífico “livro de ouro” como recompensa. Deveríamos chegar ao centésimo livro, mas eu não conseguia entender muito bem por que deveríamos fazer aquilo. Eu via todos os meus colegas conseguindo, mas algo me impedia de ler tão rápido e com um teor de competitividade, como todos faziam. Nessa época, minha relação com a leitura era distante. Então que, aos 10 anos, tive o meu mais significativo contato com o texto, na construção do “Coração de poeta”, volume único de uma obra produzida nas aulas de língua portuguesa a partir de um intenso estudo e escrita de poesias. Escrevíamos livremente sobre família, sentimento e amizade, mas também parodiávamos poemas de autores infantis, como Cecília Meireles. Assim, eu estava mergulhando em um mundo fantástico, que de tão nova, não imaginava que seria para o resto da vida. A publicação do “Coração de poeta” foi esclarecedor na segunda parte do meu ensino fundamental e médio, em outro colégio, onde entendi mais ainda esse meu coração, que batia mais forte ao encontrar cada professor de português, redação e finalmente, de literatura. Além disso, guardo comigo um Portfólio, presente de uma das queridas professoras de português que encontrei pelo caminho. Assim como “Coração de poeta”, este outro livro também conserva um valor decisivo na direção profissional da minha vida. Elaborado durante o 7º ano do ensino fundamental, cada dia, um aluno registrava impressões pessoais sobre a aula, e na seguinte, compartilhava com a turma. Essa atividade de escrita coletiva trabalhava muito bem com os elementos da textualidade e com a nossa capacidade criativa, a partir do momento em que, particularmente, me instigava a levar o livro para casa e organizar as palavras com cuidado, pensando sempre na futura massa de leitores. Pouco depois, nos últimos anos do colégio, firmei a minha familiaridade com a produção literária, não havia o que me interessasse mais, o que mais me impulsionasse a ser melhor. A partir disso, a leitura começou a tomar outra forma na minha vida e se tornou uma das minhas maiores paixões. Por fim, selecionei dois livros muito significativos e que me formaram, de fato, como leitora: “As vantagens de ser invisível” de Stephen Chbosky e “O sol na cabeça” de Geovani Martins.

Após esse momento, o professor Luiz apresentou o seu blog junto à professora Andréa (confiram aqui: link para o blog dos coordenadores Andréa e Luiz), a proposta didática a ser construída e a relação entre o diagnóstico etnográfico e o projeto transmídia. Deveremos ajudar os nossos supervisores a definir os trabalhos contando com objetivos, pontos de contato com o PP da escola, literatura do projeto e diferentes formatos, obras ancilares e produções transmídias programadas, e levar um rascunho na reunião do dia 3 de abril. Dessa forma, os principais temas que devem ser incluídos no projeto do PIBID são: superlotação das salas de aula, violência (dentro e fora da escola), criminalidade, calçadas, vias de acesso, arredores, limpeza dentro e fora da escola, higiene dentro e fora da escola, bullying, merenda, infraestrutura do prédio escolar, quadra poliesportiva, prática de esportes, atividades de lazer, recursos tecnológivos – limites e possibilidades, beleza, satisfação, bem-estar, jardinagem, cores, “bons fluidos”, etc.

Para finalizar, conhecemos o código literário para a difusão digital da leitura, por meio de um QR Code (que disponibiliza textos em e-pub, mobi, pdf e audiolivro para leitura online ou para download). Espalharemos o código por toda a escola para facilitar o nosso trabalho, mas, sobretudo, para o incentivo à leitura. Aqui está:

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